quinta-feira, 12 de junho de 2014

Portugal: formação e Grandes Navegações

Como primeiro país da Europa a centralizar-se, Portugal teve sua independência em 1140, com Afonso I. As Grandes Navegações se iniciaram três séculos depois, em 1415, com a tomada de Ceuta, no norte da África (seguiu até 1500, com a chegada dos portugueses ao Brasil).

A Dinastia de Borgonha foi a que teve início após a independência, com Afonso I, filho de Henrique de Borgonha, homem que ganhou do rei de Castela o Condado Portucalense*.

*terras do reino de Castela, que formariam Portugal.




GUERRA DA RECONQUISTA  Financiada pelos mercadores, foi uma batalha entre cristãos e islâmicos pela Península Ibérica (ocupada pelos mouros*). Depois da reconquista, Henrique de Borgonha, que lutou contra os mouros, ganha como recompensa terras do rei de Castela, o Condado Portucalense.

Henrique de Borgonha deixa para o filho, Afonso I, a responsabilidade de construir a Dinastia de Borgonha. O filho, além disso, promove a independência de Portugal, em 1140. O último rei de sua dinastia foi D. Fernando, em 1383, que morre sem deixar herdeiros homens. Sua filha era casada com o rei de Castela, o que sugeria uma união dos dois povos, algo que desvalorizaria os mercadores (que apoiaram a independência) e fez com que os mesmos discordassem de tal união. Eram os mercadores e a arraia-miúda** contra a nobreza, sendo os primeiros responsáveis pela denominada Revolução de Avis.

A revolução recebe o nome do filho bastardo de Henrique, João de Avis. João tinha o objetivo de tomar o poder de Portugal e assim, com o apoio dos mercadores, teve origem a Revolução de Avis. A consequência desse movimento foi a aproximação do Estado com a camada mercantil.
Com sucesso, inicia-se a Dinastia de Avis.

*islâmicos do norte da África.
**classe inferior, popular; plebe.

Estados Modernos;

Mercantilismo. Política econômica que girava em torno de quatro características principais: metalismo (riqueza da nação definida pela quantidade de metais que possui); balança comercial favorável (exportações > importações); protecionismo (proteger o mercado interno aumentando as barreiras alfandegárias) e colônias/monopólio com o objetivo de conseguir mais metais.




GRANDES NAVEGAÇÕES


Por que Portugal foi o primeiro a iniciar as Grandes Navegações?
Portugal possuía uma ótima localização no mapa (litoral) e tradição pesqueira, o que foi desenvolvendo técnicas de navegação, além de sua centralização ter sido a primeira, em 1140. A Rev. de Avis também é um fator importante, já que houve uma aproximação do rei e mercadores, o que criou políticas que favorecessem os mercadores e, por exemplo, incentivo às técnicas de navegação. Acima de tudo, foi criada a Escola de Sagres, de marinheiros.

Qual era o objetivo das navegações?
Chegar às Índias para o comércio de especiarias (como temperos, etc). As especiarias faziam um longo percurso da Índia a Portugal, passando e sendo comercializada antes em Constantinopla e Gênova/Veneza, chegando com um valor mais caro e diminuindo o lucro português. Se Portugal comprasse diretamente das Índias, poderia vender pelo mesmo preço, porém comprar mais barato. Seu lucro aumentaria quase oito vezes.
Há versões que diz que, quando Constantinopla foi tomada pelos turcos, houve um fechamento no comércio com os países ao Ocidente de Constantinopla, por isso foi necessária a chegada às Índias por mar. Entretanto, foi constatado que essa ideia é anacrônica. 


Traçado da rota do Périplo Africano
A rota alternativa que Portugal tinha em mente (e fazia uso) era a do Périplo Africano (mapa), que contornava a África.

Em 1415, os portugueses tomaram Ceuta (norte da África), em 1434, 1444 e 1488, chegaram ao Cabo do Bojador, ao Cabo Verde (por Gil Eanes) e ao Cabo da Boa Esperança (também conhecido por Cabo das Tormentas, tomado por Bartolomeu Dias).
Cristóvão Colombo chegou à América em 1492 e em 149 os portugueses chegaram em Calicute liderados por Vasco da Gama. Calicute era o lugar onde compravam especiarias da Índia, o destino final e o objetivo.
 
Enfim, em 1500, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, imaginando estar nas Índias e ter comprovado a teoria do mundo ser redondo. Imaginava estar em uma parte não explorada da Índia.

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